segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Pintei flores.
Pintei flores.
Umas existem, outras talvez existam, flores são infinitas e enganadoras. Preciosidades efêmeras no tempo, pintá-las é de uma pretensão absurda e ao mesmo tempo de incrível ingenuidade.
Umas existem, outras talvez existam, flores são infinitas e enganadoras. Preciosidades efêmeras no tempo, pintá-las é de uma pretensão absurda e ao mesmo tempo de incrível ingenuidade.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
Velhinha.
_ Mãe, a velhinha era bonita?
_Era, bonita e um pouco doidinha, fazia coisas que as outras moças não ousavam, naquele tempo.
Como assim? Ela usava vestidos muito curtos ou muito longos, sempre bordados com estrelas de várias cores que a mãe dela bordava. Ia ao mercado e comprava passarinhos, plantas e cestos que depois dava ao filho da cozinheira, menino que ela adorava.
Dirigia seu carro branco pela cidade inteira e levava a criança, que era pretinha, para passear. Todas as tardes de sol, carro branco, menino preto.
As noites eram muito alegres. Ela tomava champagne nos bares, ficava ainda mais doidinha. O carro voador percorria as ruas, parava nos locais mais animados e ela dançava, dançava muito mesmo, às vezes até de manhã.
Numa dessas noites ela se apaixonou, ficou muito feliz e um pouco mais doidinha. Depois, infeliz demais, passou a gostar de óperas, porque são tristes.
Aos poucos as coisas foram mudando, o carro foi trocado, a cozinheira foi embora e levou o menino, a mãe cansou de bordar estrelas e as borbolhas do champagne deixaram de ser leves.
_É mesmo?
_É. Ou era.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
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