quarta-feira, 3 de novembro de 2010
domingo, 24 de outubro de 2010
Pin up - mini paint 1.
Pin up - mini paint 1.
Upload feito originalmente por Selma Weissmann
Uma pinup é uma pinup, é uma pinup....
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
domingo, 26 de setembro de 2010
People on Sunday in 90 seconds
People on Sunday in 90 seconds
Upload feito originalmente por Alain Frappier
Não sei se gosto ou não do silêncio dos domingos. Deste vídeo de Alain Frappier, gosto muito.
sábado, 18 de setembro de 2010
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Panorama Arte BH
O encontro de artistas tão diversos em suas linguagens e aspectos estéticos foi possível por estar pautado no
princípio da liberdade expressiva. Um olhar plural sobre a prática artística detendo o fluxo da existência,
paralisando o momento, extraindo-o do tempo e simultaneamente criando um espaço concreto, um
templo de se sentir a arte de Belo Horizonte, no qual, sobre a pressão da emoção, se constrói uma
realidade feita do belo, imortalizando-a. Uma grande tela semicircular, panorâmica, na ambiência física.
Abreuvalle parte da geometria para construir elipses que se interiorizam num vórtice e se expandem
num ritmo pulsante que aprisiona o olhar, mas tranquiliza a mente. Modernidade.
Adão Rodrigues, vibrante nas cores a captar a essência daquilo que se guarda da tradição mais
profunda, com cuidado tece a partir do desenho, um fascinante enredo de elementos cromáticos no
campo da tela. Conhecimento.
Graça Malveira se entrega em cores e formas articulando a efemeridade do que é humano, deixando
transluzir com maestria a flor, o fruto, a coisa. Revela-se pelo ar etéreo que imprime em seu tracejar, em
seu pincelar. Delicadeza.
Hogenério opera contornos precisos, intensos de cores vibrantes em seu interior. Na destreza lúdica
de sua pintura, desvenda ícones que remetem às lembranças capazes de revelar a riqueza da própria
existência. Divertimento.
Iara Abreu articula os recursos pictóricos construindo uma poética própria do cotidiano citadino. Com
ótica alegre e despojada vai pintando seus relevos e seus personagens que sugerem novas maneiras de
interpretar a vida. Urbanidade.
Luiz Pêgo se mescla no eclético; nas múltiplas possibilidades que a intenção de deixar fluir permite, e
conquista ora a religiosidade ora a sensibilidade que espraia na frontalidade do suporte com arranjo
peculiar. Liberdade.
Mauro Silper cria possibilidades do nada, num exercício de equilíbrio construído com precisas
espatuladas, contrastes vivos de texturas e um sempre-movimento. Harmonia.
Ronaldo Mendes transforma o espaço da tela num palco de sonhar onde as paisagens oníricas são
reveladas e a fantasia do simples, do puro é materializada, como um capricho da imaginação. Singeleza.
Rosana Mendes Campos expressa seu universo urbano azul-esverdeado, onde as janelas são como
passagens de uma existência a outra, da dura realidade para além das margens do horizonte, do
individual para o coletivo, do eu para o nós. Vivência.
Selma Weissmann traz a energia do feminino que transcende com fluidez, mistério e enlevo a fronteira
da tela. Três mulheres, três vidas, uma idealidade. Encantamento.
Cristina Fonseca
Setembro/2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
Pintei flores.
Pintei flores.
Umas existem, outras talvez existam, flores são infinitas e enganadoras. Preciosidades efêmeras no tempo, pintá-las é de uma pretensão absurda e ao mesmo tempo de incrível ingenuidade.
Umas existem, outras talvez existam, flores são infinitas e enganadoras. Preciosidades efêmeras no tempo, pintá-las é de uma pretensão absurda e ao mesmo tempo de incrível ingenuidade.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
domingo, 15 de agosto de 2010
Velhinha.
_ Mãe, a velhinha era bonita?
_Era, bonita e um pouco doidinha, fazia coisas que as outras moças não ousavam, naquele tempo.
Como assim? Ela usava vestidos muito curtos ou muito longos, sempre bordados com estrelas de várias cores que a mãe dela bordava. Ia ao mercado e comprava passarinhos, plantas e cestos que depois dava ao filho da cozinheira, menino que ela adorava.
Dirigia seu carro branco pela cidade inteira e levava a criança, que era pretinha, para passear. Todas as tardes de sol, carro branco, menino preto.
As noites eram muito alegres. Ela tomava champagne nos bares, ficava ainda mais doidinha. O carro voador percorria as ruas, parava nos locais mais animados e ela dançava, dançava muito mesmo, às vezes até de manhã.
Numa dessas noites ela se apaixonou, ficou muito feliz e um pouco mais doidinha. Depois, infeliz demais, passou a gostar de óperas, porque são tristes.
Aos poucos as coisas foram mudando, o carro foi trocado, a cozinheira foi embora e levou o menino, a mãe cansou de bordar estrelas e as borbolhas do champagne deixaram de ser leves.
_É mesmo?
_É. Ou era.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 29 de julho de 2010
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Texto de dra. Vera.
18-06-2010
São 20 para 1h. Fui acordada pela mulher que a Selma pinta. Gosto
delas porque elas têm vida e me acompanham.
Eu gosto da Selma de
outras vidas. Há uma sensação de intimidade com ela, sem explicação. É um
sentimento bom e tocante. Suas mulheres me seguem. Me tiram da cama e
exigem que eu escreva. É como se eu precisasse dar confiança a elas. Sou
tomada por uma necessidade de conversar com elas. Elas não me deixam
dormir.
Aí é que está o grande mistério da Selma: é um dom de outro mundo
que ela tem. Transmite vida e calor ao que pinta. Pelo menos é o que me
transmite. Uma coisa extraordinária. As mulheres saem do quadro e me
acompanham e me acalmam. Uma coisa muito interessante. A mulher azul é
minha amiga. Parece que ela tem muito de mim. Só falta falar. Eu falo por ela
com minhas palavras.
Eu estava trançando com ela pela casa, procurando um lugar para
pendurar o quadro, que ainda não está pronto. Já tiramos o Volpi da parede
para dar lugar ao meu quadro. Há anos ando cismada em pedir a Selma
que me pinte. E chegou a hora. Eu sei que vou ter grandes papos com esse
quadro, que já vem se corporificando dentro de mim.
A Selma nunca foi uma estranha para mim. A última exposição dela
que visitei foi lá no Minas. Eu fiquei lá, fantasiando com quantas mulheres
fantásticas daquelas desejaria ir embora. Como não podia levar todas,
pelo menos umas seis ou oito me acompanharam! E elas vinham de
bom grado. Não me acharam muito louca. Me acompanharam numa boa.
Essa mulher azul, com seus olhos enigmáticos, povoa os meus sonhos.
É como se tomasse conta de mim. Ela é, na verdade, muito preocupada
comigo. Onde será que ela foi procurar aquela expressão de “eu estou
entendendo você muito bem”? Às vezes, eu fico perto dela, quieta. Hoje ela
me acordou e exigiu minha atenção. Saiu do quadro e fomos passear. Esse
quadro tem uma água azul, onde eu vou mergulhar, quando quero sumir um
pouco. Penso que no fundo de suas águas há de haver um mundo lindo e mais
brando. Ainda chego lá. Quem sabe o quadro não me dará aquela paz de que
preciso? Será que seus olhos enigmáticos estão me prometendo alguma coisa
muito boa e muito azul?
Vera Silviano Brandão
São 20 para 1h. Fui acordada pela mulher que a Selma pinta. Gosto
delas porque elas têm vida e me acompanham.
Eu gosto da Selma de
outras vidas. Há uma sensação de intimidade com ela, sem explicação. É um
sentimento bom e tocante. Suas mulheres me seguem. Me tiram da cama e
exigem que eu escreva. É como se eu precisasse dar confiança a elas. Sou
tomada por uma necessidade de conversar com elas. Elas não me deixam
dormir.
Aí é que está o grande mistério da Selma: é um dom de outro mundo
que ela tem. Transmite vida e calor ao que pinta. Pelo menos é o que me
transmite. Uma coisa extraordinária. As mulheres saem do quadro e me
acompanham e me acalmam. Uma coisa muito interessante. A mulher azul é
minha amiga. Parece que ela tem muito de mim. Só falta falar. Eu falo por ela
com minhas palavras.
Eu estava trançando com ela pela casa, procurando um lugar para
pendurar o quadro, que ainda não está pronto. Já tiramos o Volpi da parede
para dar lugar ao meu quadro. Há anos ando cismada em pedir a Selma
que me pinte. E chegou a hora. Eu sei que vou ter grandes papos com esse
quadro, que já vem se corporificando dentro de mim.
A Selma nunca foi uma estranha para mim. A última exposição dela
que visitei foi lá no Minas. Eu fiquei lá, fantasiando com quantas mulheres
fantásticas daquelas desejaria ir embora. Como não podia levar todas,
pelo menos umas seis ou oito me acompanharam! E elas vinham de
bom grado. Não me acharam muito louca. Me acompanharam numa boa.
Essa mulher azul, com seus olhos enigmáticos, povoa os meus sonhos.
É como se tomasse conta de mim. Ela é, na verdade, muito preocupada
comigo. Onde será que ela foi procurar aquela expressão de “eu estou
entendendo você muito bem”? Às vezes, eu fico perto dela, quieta. Hoje ela
me acordou e exigiu minha atenção. Saiu do quadro e fomos passear. Esse
quadro tem uma água azul, onde eu vou mergulhar, quando quero sumir um
pouco. Penso que no fundo de suas águas há de haver um mundo lindo e mais
brando. Ainda chego lá. Quem sabe o quadro não me dará aquela paz de que
preciso? Será que seus olhos enigmáticos estão me prometendo alguma coisa
muito boa e muito azul?
Vera Silviano Brandão
domingo, 4 de julho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
Expô de Loló em São Paulo. 002
Expô de Loló em São Paulo. 002
Upload feito originalmente por Selma Weissmann
Leonora posando ao lado de meu super-hiper-topless.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
domingo, 6 de junho de 2010
sábado, 5 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
domingo, 30 de maio de 2010
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Delikatessen de farmácia.
Sempre gostei de farmácias. Ainda menina, eu comprava esmaltes e batons com o dinheirinho que surrupiava de minha mãe. Quase escrevo minha pobre mãe, mas ainda não é hora. O produto do roubo era experimentado à noite, no banheiro. Lâmpada amarela, lábios vermelhos, unhas infantis pintadas de rosa-puta.
Mais tarde, a compra furtiva de absorventes que a farmácia já mantinha discretamente embrulhados em papel rosa-antigo. Camuflagem idiota, os meninos da rua nem ligavam para a menina magra menstruada.
Nesta época descobri que remédios para o fígado podiam me deixar menos infeliz. Talvez alguma remota ligação com “inimigo figadal”.
Depois vieram os antialérgicos que engordavam. Não engordei e tive que apelar para o soutien com enchimento. Eficaz mesmo foi o “Vinho reconstituinte Silva Araujo”, ótimo aperitivo responsável por uma geração de alcoólatras.
Em seguida os medicamentos contra ressaca. Meu pai saiu para comprar Engov para mim, acreditando numa suposta enxaqueca.
Desculpe, Herr Professor, você remediou um Day after de uma noite de muito champagne ordinário. A culpa que ainda sinto é muito doída, mas continuei a tomar vinhos vagabundos.
Na fase dos filhos, os antibióticos rosados, servidos em copinhos de plástico, traziam de novo cores e alegria às crianças febris.
Quando minha, aí sim, pobre mãe adoeceu, as idas à farmácia eram tristes. Sempre havia um pássaro agourento no caminho e eu sabia que nenhuma poção seria milagrosa.
Hoje? Antidepressivos, hormônios, cremes anti-idade que não funcionam e ainda muitos esmaltes e batons.
Tolices com ácaros.
Gosto de poeira, de prateleiras cheias de mistérios, do debaixo da escada, das traças. Gosto até da barata grande que mostra as antenas no desnível do forro de madeira e, de alguma forma, sabe que não vou matá-la.
Cartas amareladas de minha mãe, a letra pequena de professora. Textos de meu pai, borrados de papel carbono, às vezes achados no fundo da gaveta de lingerie.
Retratos de cachorros que já morreram e meus próprios retratos antigos, menina boba que envelheceu e ainda passa baton e insiste no colorido.
Dos cupins não gosto, mas não os vejo.
Respeito a lagartixa que não entra em meu quarto pois sabe que tenho medo dela, das ventosas nas patinhas, da pele fria.
Demais, gosto dos cachorrinhos filhotes que às vezes fazem xixi na minha cama, mas nem ligo, só arredo meu corpo para o seco. São laguinhos de leite.
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Ácaros,
barata,
coisas antigas e empoeiradas,
mofo,
poeira
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Gilberto, Humberto & Selma - 1977
formações - selma weissmann, gilberto de abreu e humberto guimarães
esta formação foi idealizada em setembro/novembro de 1977 por márcio sampaio; crítico de arte, artista plástico, escritor e à época, responsável pelo setor de artes plásticas do palácio das artes, bh.
esta formação fez uma parte da exposição: três tempos do desenho de humor. realizada na grande galeria do pa, hoje galeria alberto da veiga guignard.
o primeiro capítulo da exposição era representado pelo desenhista alemão, heinrich fleuiss, que chegou ao brasil em 1858, montou uma tipografia no rio de janeiro por onde publicou o pasquim semana illustrada, de 1860 a 1878. dessa publicação foram expostas 30 páginas.
o segundo capítulo da exposição é representado por outro alemão; o karl arnold e dele, 74 caricaturas publicadas no semanário simplicíssimus, nos anos 20, na alemanha.
e no terceiro, nós três completávamos o ciclo dos três tempos do desenho de humor.
eu e o humberto publicávamos sempre em jornais e revistas, e fomos assim descritos pelo márcio sampaio, "... mas os dois artistas fazem um desenho que vale por si mesmo tanto por se alimentarem numa rara inventividade como pelo alto nível de execução. (...)"
a selma assim: "... se baseia nas técnicas de deformação da caricatuta tradicional. contudo, a artista ultrapassa essas limitações para criar um desenho ágil, cujo humor se encontra mais na série de situações formais criadas no desenho sobre o próprio desenho, do que na deformação das figuras dos personagens. (...)".
foto: manoel augusto serpa
esta formação foi idealizada em setembro/novembro de 1977 por márcio sampaio; crítico de arte, artista plástico, escritor e à época, responsável pelo setor de artes plásticas do palácio das artes, bh.
esta formação fez uma parte da exposição: três tempos do desenho de humor. realizada na grande galeria do pa, hoje galeria alberto da veiga guignard.
o primeiro capítulo da exposição era representado pelo desenhista alemão, heinrich fleuiss, que chegou ao brasil em 1858, montou uma tipografia no rio de janeiro por onde publicou o pasquim semana illustrada, de 1860 a 1878. dessa publicação foram expostas 30 páginas.
o segundo capítulo da exposição é representado por outro alemão; o karl arnold e dele, 74 caricaturas publicadas no semanário simplicíssimus, nos anos 20, na alemanha.
e no terceiro, nós três completávamos o ciclo dos três tempos do desenho de humor.
eu e o humberto publicávamos sempre em jornais e revistas, e fomos assim descritos pelo márcio sampaio, "... mas os dois artistas fazem um desenho que vale por si mesmo tanto por se alimentarem numa rara inventividade como pelo alto nível de execução. (...)"
a selma assim: "... se baseia nas técnicas de deformação da caricatuta tradicional. contudo, a artista ultrapassa essas limitações para criar um desenho ágil, cujo humor se encontra mais na série de situações formais criadas no desenho sobre o próprio desenho, do que na deformação das figuras dos personagens. (...)".
foto: manoel augusto serpa
sábado, 1 de maio de 2010
A volta.
A volta.
(texto escrito há alguns anos atrás, em momento de aflição).
Vou arrumar a casa, arrumar minha cara, espantar os insetos e as aflições. Um cheiro bom de flores e desinfetante vai anunciar a expectativa de receber você.
A vizinhança, os amigos, o mendigo, o vigia dos carros, todo mundo irá buscar nos guardados as roupas de festa e os melhores sorrisos. Bandeirinhas, faixas, balões e lindos fogos de artifício. Banda de música, toda gente dançando cirandas quase sem tocar o chão.
Nossos cachorros pressentem sua chegada e correm ansiosos por toda a casa.
Ao chegar, vendo tanto festejo, você cumprimentará a todos com sorriso gentil, estenderá sua linda mão a beijos respeitosos, dirá que está com sono, tiau, boa noite, obrigada, e se recolherá a seu quarto que cheira a cera e lustra móveis.
Você dormirá cansada e um pouco sábia, enquanto nosso povo continua a festejar a alegria de rever você.
(texto escrito há alguns anos atrás, em momento de aflição).
Vou arrumar a casa, arrumar minha cara, espantar os insetos e as aflições. Um cheiro bom de flores e desinfetante vai anunciar a expectativa de receber você.
A vizinhança, os amigos, o mendigo, o vigia dos carros, todo mundo irá buscar nos guardados as roupas de festa e os melhores sorrisos. Bandeirinhas, faixas, balões e lindos fogos de artifício. Banda de música, toda gente dançando cirandas quase sem tocar o chão.
Nossos cachorros pressentem sua chegada e correm ansiosos por toda a casa.
Ao chegar, vendo tanto festejo, você cumprimentará a todos com sorriso gentil, estenderá sua linda mão a beijos respeitosos, dirá que está com sono, tiau, boa noite, obrigada, e se recolherá a seu quarto que cheira a cera e lustra móveis.
Você dormirá cansada e um pouco sábia, enquanto nosso povo continua a festejar a alegria de rever você.
segunda-feira, 12 de abril de 2010
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Lista interminável de coisas que trazem doces saudades.
Um chaveiro de bola que fazia barulho.
Lindos sapatos bicolores que minha mãe me deu. (rosa e roxo).
Blusa de lã com mangas listradas.
O galinheiro de minha antiga casa.
A televisão Zenith onde vi o homem pisar na lua.
O cine Pathé.
A lojinha na rua Pernambuco que vendia tudo, inclusive maravilhosos bibelôs bregas.
A cesta de tricô de minha mãe.
A caixa de manicure de tia Antonieta.
Uma cesta cheia de roupa passada.
Saquinho de pano com anil dentro.
Os saquinhos lindos e sujos de 5 Marias.
O telefone preto que nem sempre tocava quando a gente queria.
Um chaveiro de bola que fazia barulho.
Lindos sapatos bicolores que minha mãe me deu. (rosa e roxo).
Blusa de lã com mangas listradas.
O galinheiro de minha antiga casa.
A televisão Zenith onde vi o homem pisar na lua.
O cine Pathé.
A lojinha na rua Pernambuco que vendia tudo, inclusive maravilhosos bibelôs bregas.
A cesta de tricô de minha mãe.
A caixa de manicure de tia Antonieta.
Uma cesta cheia de roupa passada.
Saquinho de pano com anil dentro.
Os saquinhos lindos e sujos de 5 Marias.
O telefone preto que nem sempre tocava quando a gente queria.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Amabilidades.
Amabilidades.
Abrir as cortinas de manhã e ensolarar o quarto, espanar pesadelos e miasmas.
Andar pelo bairro e descobrir que ainda existem velhos apartamentos em cima do açougue. Quem mora lá? A costureira loura e baixinha que já era velha quando fez meu vestido de casar?
Lembrar sem rancor do vestido, do noivo, da viagem de avião. Recordar de leve, com certo carinho.
Alimentar a cadela prenha e falar com ela de mãe pra mãe.
Sem angústia, visualizar as figuras dos mortos queridos e sorrir de suas excentricidades. Guardá-las bem suavemente em algum cantinho para que não se desvaneçam como asas de borboletas.
Recomendar ao filho distante um remédio para gripe.
Ouvir a voz da filha conversando ao telefone enquanto à sombra, no desnível do telhado, a gata gatuna amamenta mais uma ninhada.
Estas são coisas boas.
Abrir as cortinas de manhã e ensolarar o quarto, espanar pesadelos e miasmas.
Andar pelo bairro e descobrir que ainda existem velhos apartamentos em cima do açougue. Quem mora lá? A costureira loura e baixinha que já era velha quando fez meu vestido de casar?
Lembrar sem rancor do vestido, do noivo, da viagem de avião. Recordar de leve, com certo carinho.
Alimentar a cadela prenha e falar com ela de mãe pra mãe.
Sem angústia, visualizar as figuras dos mortos queridos e sorrir de suas excentricidades. Guardá-las bem suavemente em algum cantinho para que não se desvaneçam como asas de borboletas.
Recomendar ao filho distante um remédio para gripe.
Ouvir a voz da filha conversando ao telefone enquanto à sombra, no desnível do telhado, a gata gatuna amamenta mais uma ninhada.
Estas são coisas boas.
sábado, 2 de janeiro de 2010
Non sense de Ano Novo.
2 de janeiro de 2010.
Abrir janelas, deixar entrar a luz bonita de um dia afinal sem chuva. Desligar a televisão, deixar os horrores desligados por um tempo. O vizinho trabalhador está consertando um móvel, a moça da frente varre a calçada, os gatinhos comem ração e os dois cães me seguem pela casa.
Feliz ano novo! Vivemos no melhor dos mundos, no Planeta dos Macacos.
Abrir janelas, deixar entrar a luz bonita de um dia afinal sem chuva. Desligar a televisão, deixar os horrores desligados por um tempo. O vizinho trabalhador está consertando um móvel, a moça da frente varre a calçada, os gatinhos comem ração e os dois cães me seguem pela casa.
Feliz ano novo! Vivemos no melhor dos mundos, no Planeta dos Macacos.
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